ATA DA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 16-5-2011.
Aos dezesseis dias do mês de maio do ano de dois mil
e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly,
Elias Vidal, Elói Guimarães, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Maria Celeste, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo
Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de
quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os vereadores Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago
Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir
Cecchim, Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nilo
Santos, Pedro Ruas, Sebastião Melo e Waldir Canal. Após, foi apregoado o Ofício
nº 454/11, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº
019/11 (Processo nº 1872/11). Também, foi apregoado Requerimento s/nº (Processo
nº 1675/11), de autoria do vereador Adeli Sell, deferido pela senhora
Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, do dia dezoito ao dia vinte de maio do corrente, no XVII Encontro
Nacional das Escolas do Legislativo, no Município de Florianópolis – SC. Do EXPEDIENTE,
constaram: Ofício nº 1051/11, do senhor Vanderlei Luis Cappellari, Diretor-Presidente
da Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC –; e Comunicados nos
290937, 290938, 290939, 290940, 290941, 290942, 290943, 290944 e 290945/11, do
senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Primeira,
Vigésima Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima
Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava, Vigésima Nona, Trigésima, Trigésima
Primeira, Trigésima Segunda, Trigésima Terceira, Trigésima Quarta, Trigésima
Quinta e Trigésima Sexta e Trigésima Sétima Sessões Ordinárias, da Quinta
Sessão Extraordinária e da Primeira e Segunda Sessões Solenes. A seguir,
constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelos vereadores Mauro Zacher e Reginaldo Pujol, solicitando
alteração na ordem dos trabalhos e a transferência do período de Grande Expediente
desta Sessão para a Sessão Ordinária do dia dezenove de maio do corrente. Após,
foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso
do Dia do Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem, nos termos do
Requerimento nº 003/11 (Processo nº 0698/11), de autoria do vereador Mauro Zacher.
Compuseram a Mesa: a vereadora Sofia Cavedon e o vereador DJ Cassiá, respectivamente
Presidenta e 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; e a senhora
Maria da Graça Piva, Presidenta do Conselho Regional de Enfermagem do Rio
Grande do Sul. Em prosseguimento, a senhora Presidenta concedeu a palavra à
senhora Maria da Graça Piva, que discorreu acerca das atividades desenvolvidas
pelos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, agradecendo a homenagem
hoje prestada a esses profissionais. Durante o pronunciamento da senhora Maria
da Graça Piva, foi realizada apresentação de audiovisual referente ao tema
abordado por Sua Senhoria. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Mauro
Zacher, Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Dr. Raul Torelly, este em tempo
cedido pelo vereador Bernardino Vendruscolo, e Dr. Thiago Duarte, este em tempo
cedido pelo vereador Beto Moesch. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador Toni Proença. Às quinze horas e nove minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e dez minutos,
constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Alceu Brasinha.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Luiz Braz, João Antonio
Dib, Tarciso Flecha Negra, Idenir Cecchim, Maria Celeste, esta pela oposição,
João Antonio Dib, este pelo Governo, Engenheiro Comassetto e Fernanda
Melchionna. Na ocasião, o vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal,
solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento do vereador Engenheiro
Comassetto, em Comunicação de Líder, tendo-se manifestado a respeito o vereador
Engenheiro Comassetto. Também, o vereador Engenheiro Comassetto formulou
Requerimento verbal, solicitando a inclusão de documentação nos Anais deste
Legislativo. Ainda, a senhora Presidenta informou que o vereador João Carlos
Nedel encontra-se em Representação Externa deste Legislativo, em audiência com
o senhor Prefeito. Às dezesseis horas e quatro minutos, constatada a existência
de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento
nº 022/11 (Processo nº 1387/11), após ser encaminhado à votação pelos vereadores
Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Toni Proença, Reginaldo Pujol, Idenir
Cecchim e Dr. Thiago Duarte. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Resolução nº 043/10 (Processo nº 4500/10). A seguir, o senhor Presidente informou
a retirada do Projeto de Lei do Legislativo nº 183/10 (Processo nº 4179/10) da
priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Ainda, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Aldacir José Oliboni, solicitando a retirada
do Projeto de Lei do Legislativo nº 204/09 (Processo nº 4235/09) da priorização
para a Ordem do Dia da presente Sessão. Às dezesseis horas e trinta e quatro
minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo
nº 132/10, discutido pelos vereadores Adeli Sell, Reginaldo Pujol e Professor
Garcia, e o Projeto de Resolução nº 012/11; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 172/10, discutido pelo vereador Professor Garcia,
040, 044, 045 e 046/11. Durante a Sessão, o vereador Pedro Ruas manifestou-se
acerca de assuntos diversos e foram registradas as presenças do senhor Arli
Ribeiro e da senhora Gisele Tertuliano, integrantes do Conselho Regional de
Enfermagem do Rio Grande do Sul. Às dezesseis horas e quarenta e oito minutos, nada
mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora
Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá, Mario Manfro e Toni Proença e
secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e
pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon):
Há quórum. Ouço o Ver. Mauro Zacher.
O SR. MAURO ZACHER (Requerimento): Srª Presidente, em
virtude do nosso pedido de homenagem no período de Comunicações no dia de hoje,
gostaria de solicitar a inversão da ordem dos trabalhos, priorizando o período
de Comunicações, pois já se encontram no Plenário os enfermeiros e
representantes do Coren.
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): De acordo com a proposta e em complementação
ao Requerimento do Ver. Mauro Zacher, gostaria de registrar que nós
concertamos, no Colégio de Líderes, que o Grande Expediente, que deveria ser
realizado hoje, será transferido para a próxima quinta-feira, no horário em que
foi ajustado na Reunião de Lideranças. Nós damos integral apoio ao Requerimento
do Ver. Mauro Zacher e já informamos à Casa que, durante as homenagens, o Ver.
Mauro Zacher falará, com muita satisfação para nós, também em nome dos
Democratas.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Coloco em votação o Requerimento do Ver. Mauro Zacher, referente à
inversão da ordem dos trabalhos, e o Requerimento feito pelo Ver. Reginaldo
Pujol, que propõe que o Grande Expediente de hoje seja transferido para
quinta-feira, logo após a Tribuna Popular, conforme decisão da Mesa Diretora.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADOS.
Solicito ao Ver. Toni Proença que proceda à leitura
das proposições encaminhadas à Mesa
(O Ver.
Toni Proença procede à leitura das proposições encaminhadas à Mesa.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): De imediato,
passamos às
Hoje
este período é destinado a homenagear o Dia do Enfermeiro, Técnico e Auxiliar
de Enfermagem, nos termos do Requerimento nº 003/11, de autoria do Ver. Mauro
Zacher, Processo nº 0698/11. Convidamos para compor a Mesa a Srª Maria da Graça
Piva, Presidente do Conselho Regional de Enfermagem.
A Srª Maria da Graça Piva está com a palavra.
A SRA. MARIA
DA GRAÇA PIVA: Em primeiro lugar, nós
gostaríamos, em nome dos enfermeiros, auxiliares e técnicos do Estado, de
agradecer ao Ver. Mauro Zacher por ter sugerido e lembrado da Enfermagem, por
nos homenagear nesta semana. A gente está acostumado, Vereador, a ser lembrado
só na hora em que as pessoas estão doentes; então, a gente ser lembrado em um
período em que as pessoas estão saudáveis é extremamente gratificante. E este é
o objetivo que o Enfermeiro busca atualmente na sociedade: ser lembrado na
prevenção da doença, e não só quando ele já está sendo necessário frente a uma
situação de doença. Como sou representante do Conselho do Estado do Rio Grande
do Sul, eu queria aproveitar este momento para dar uma palavrinha bem pequena
sobre a necessidade e a importância do Conselho para as pessoas da sociedade em
geral, não só para os enfermeiros, auxiliares e técnicos, e sobre por que o
Conselho existe, que benefício ele vai trazer para a população em geral.
Nós, que somos de Porto Alegre, a nossa maior Seção
é em Porto Alegre e na Grande Porto Alegre.
Por que é importante
a gente ter um Conselho da nossa profissão regulamentado? Eu sei que há
Vereadores aqui que são médicos, outros são engenheiros, têm os seus Conselhos
e também devem saber disto. Mas eu gostaria de poder falar, muito brevemente,
sobre o que o Conselho de Enfermagem tem feito em prol da saúde da população.
Por que existe o Conselho de Enfermagem? Aproveito para agradecer aos meus
colegas que estão aqui e que deixaram as suas atividades para participar da
nossa homenagem. Não é fácil sair das instituições, é bastante complicado, porque
falta muita gente na nossa área. Um dos principais objetivos dos Conselhos é
fiscalizar as profissões, e o que isso tem de bom? Eu me formei, tenho o meu
diploma, a minha carteirinha de Enfermeira, mas, para eu trabalhar, preciso ser
fiscalizada. Eu tenho muito orgulho de dizer à Câmara de Vereadores de Porto
Alegre que o Estado do Rio Grande do Sul não tem pessoas trabalhando na área da
Enfermagem que não sejam formadas, que não tenham uma titulação.
Antes tínhamos
pessoas não qualificadas, não habilitadas, assistindo as pessoas durante os
seus problemas de doenças. Que repercussão ruim teria isso? Imagem eu, se não
tivesse formação nenhuma, atendendo um dos senhores em uma hora de doença: que
tipo de atendimento eu daria? Isso era muito frequente, mas o Rio Grande do Sul
é o Estado brasileiro que tem isso sob controle, graças à presença da
fiscalização nas instituições. Hoje, para tu trabalhares, tens que ter a
carteirinha do Conselho, tens que a apresentar para o fiscal, para a Enfermeira
responsável do hospital ou do posto de saúde, da Secretaria, etc., para poder
atuar na nossa área.
Eu só queria alertar
vocês que nós temos, no Estado do Rio Grande do Sul, mais de seis mil
instituições de saúde. (Apresentação de PowerPoint.) São
4.849 lugares com serviço de Enfermagem dentro, constituído. É um número muito
grande. Do Conselho, nós temos hoje 15 fiscais atuando para 4.850, mais ou
menos, instituições fiscalizadas. Quase 3 mil delas têm uma Certidão de
Responsabilidade Técnica, a CRT, que o Conselho oferece para a instituição. Há
uma pessoa da Enfermagem que responde pela Enfermagem. Todas as coisas boas e
os erros são fiscalizados pelo Conselho através da pessoa que responde pelo
serviço. Nós temos 3.700 instituições com Regimentos de Enfermagem. Por que
isso é bom? No Regimento está escrito, por exemplo, que cabe ao auxiliar fazer
isso, ao técnico fazer aquilo e cabe ao enfermeiro fazer isso - estão
delimitadas as nossas funções. Quando um dos senhores é atendido numa
instituição de saúde, por problemas de pressão alta, ou diabetes ou alguma
cardiopatia, será atendido por três pessoas com qualificações diferentes: um
auxiliar, um técnico e um enfermeiro, dependendo do procedimento que estão
recebendo. Então, é importante vocês lerem o crachá de identificação, para
saber quem está atendendo vocês. Há um número do Coren nesse crachá. Com
registro de empresas, nós temos mais ou menos 1.200, disputamos um pouco com o
Cremers a questão do registro de empresa, mas é uma disputa saudável, desde que
a instituição tenha um registro em algum órgão de saúde.
Apesar de termos
somente 15 fiscais, no ano passado fizemos 3.300 horas de fiscalização. É muito
tempo. É muito trabalho investido. Estamos trabalhando no Estado todo. Tivemos
mais ou menos 1.790 visitas fiscalizatórias, pura e simplesmente. Visita com
atividade, o que é isso? Há uma reunião, uma capacitação, uma palestra junto;
1.100, mais ou menos. Fazemos encontros específicos que alguma instituição nos
peça, porque nós treinamos as pessoas. Quando chegamos a uma instituição e
encontramos um erro, o objetivo maior da fiscalização não é punir a pessoa que
está errando ou a instituição que não está cumprindo a lei, mas oferecer
condições para que ela saiba agir corretamente. Damos uma capacitação para
essas pessoas, um curso. Atendimentos internos: quantas pessoas nós atendemos
só na fiscalização, no ano passado, dentro do Conselho? Duas mil e quinhentas.
Temos uma média de 7 a 9 mil pessoas que passam pelo Coren durante o ano, só na
sede, em Porto Alegre. Então, tivemos um total de mais ou menos 5.500
instituições visitadas.
Hoje temos oito
estruturas do Coren no Rio Grande do Sul; todas são prédios próprios. A nossa
sede fica na Av. Plínio Brasil Milano, nº 1.155. Temos Subseções em Santa
Maria, Santa Rosa, Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul, Pelotas e Passo Fundo. E
temos ainda um escritório novo na Região Litoral - tem um representante aqui, um
colega nosso Enfermeiro -, que é em Capão da Canoa. Essas Subseções têm
fiscais, todos têm carros, todos têm netbook;
nós temos uma fiscalização totalmente informatizada.
(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)
A SRA. MARIA
DA GRAÇA PIVA: Em Uruguaiana também temos.
Para completar, eu gostaria de falar de alguns
projetos sociais que o Coren faz em parceria com a sociedade. Temos dois
projetos com o Horto Medicinal, em que trabalhamos a questão da saúde do idoso.
Temos um lar de cegos, onde a gente faz um plantio de medicinais; também temos
a Casa do Idoso Dona Geni. Fazemos assessoria para o Ministério Público, quando
se trata de casas geriátricas; treinamos as pessoas que trabalham em casas
geriátricas, para oferecer um excelente atendimento. E fiscalizamos muito isso
- eu diria que é o nosso maior problema hoje. Temos, com orgulho, um setor de
pesquisas no Coren. Financiamos algumas pesquisas e damos apoio aos
profissionais da área. Temos um Centro Histórico - na Av. Oscar Pereira, perto
do Hospital Parque Belém -, com dois hectares, onde há o projeto das plantas
medicinais. E lá temos atendimento para os profissionais de Enfermagem: reiki, fitoterapia, massoterapia,
acupuntura, tudo gratuito para os profissionais que trabalham na nossa área,
que também precisam ganhar algum carinho. Nós temos um projeto com a FASE, nós
trabalhamos com a FASE da Vila Cruzeiro do Sul, temos um plantio de medicinais
lá também. Eles coletam, já estamos na fase de vender os produtos, para
colaborar com adolescentes infratores. Eles têm um treinamento, no nosso Centro
Histórico, para fazer o plantio, a coleta, o armazenamento das plantas. Esse
projeto é bem interessante, já tem dois anos.
Aqui, uma foto do nosso Centro Histórico, nós temos
um museu da Enfermagem no Rio Grande do Sul, estamos ampliando este ano,
tornando-o interativo, estamos investindo. A Coordenadora do CPERS, que está presente
aqui, é quem coordena esse projeto. Temos aqui uma pequena mostra do nosso
memorial; não é um museu, perdão, é um memorial, porque é uma coisa bem
simples.
Nós temos, trabalhando no Conselho, além dos
funcionários, três Comissões: a Comissão dos Enfermeiros, que tem
representantes de todo o Estado; a Comissão dos Auxiliares e Técnicos; e o
Coren Jovem, que é para aquele recém-formado, com até dois anos de formatura,
por meio do qual ele pode se capacitar, fazer projetos, enfim, dinamizar um
pouco a sua contratação.
Eu gostaria, novamente, de agradecer,
principalmente aos colegas que vieram até aqui, tem gente que veio de longe, e
de pedir que a Câmara de Vereadores nos abrisse um espaço um outro dia, porque
gostaríamos de falar sobre o nosso projeto das 30 horas semanais. A Enfermagem
trabalha o tempo todo; todos os outros profissionais da área da Saúde passam
pelo cliente e vão embora: o médico prescreve, é normal, o nutricionista, o
fisioterapeuta. Quem fica com o doente somos nós. Então, temos que ter, pelo
menos, uma carga horária suportável de trabalho, para que a gente não se
estresse, para que possa sair do emprego e ainda ter condições de fazer os
nossos afazeres, porque, na nossa área, a maioria são mulheres. Esse espaço é
para que a gente possa falar um pouquinho para vocês sobre o nosso projeto das
30 horas. A nossa coirmã, no Rio Grande do Norte, fez esse projeto, a cidade de
Natal já assumiu as 30 horas, é um projeto lindo. Para concluir, Mauro, eu
queria agradecer novamente e deixar registrado o pedido de um espaço, para que
a gente possa falar, futuramente, desse projeto. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Agradecemos a exposição da Maria da Graça,
Presidente do Conselho. Tenho certeza de que muitos de nós não conhecíamos a
dimensão do trabalho realizado pelo Conselho. Registro a presença dos
Conselheiros Arli Ribeiro, Gisele Tertuliano, e outros integrantes aqui se
encontram. Sejam bem-vindos! Estendemos a vocês os nossos parabéns.
O Ver. Mauro Zacher, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Comunicações.
O SR. MAURO
ZACHER: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srª Maria da Graça Piva, Presidente
do Conselho Regional de Enfermagem, minha amiga Graça; os Conselheiros Arli Ribeiro
e Gisele Tertuliano; demais integrantes aqui presentes; pessoas que trabalham
no Conselho; Srª Nidea Michels Dick, Capitão Enfermeira do Hospital da Brigada
Militar; o representante do curso de Enfermagem da Ulbra; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, público que nos
acompanha; a nossa saudação muito especial a todos os enfermeiros, técnicos e
auxiliares de Enfermagem do nosso Estado.
Eu me senti muito honrado, Presidente Graça, em
poder sugerir esta homenagem, porque tem sido um momento muito raro para nós,
aqui na Câmara, em plena atividade parlamentar, no nosso dia a dia de
Vereadores, fazer homenagens. Ao mesmo tempo, eu quero agradecer à Presidente
Sofia Cavedon, que gentilmente aceitou, conhecendo a amplitude e a importância
da classe dos enfermeiros no nosso Estado, a importância de, às vezes, nós
pararmos e enxergarmos um pouco de tudo aquilo que os conselhos, os sindicatos
ou as entidades têm desenvolvido. E tu aqui apresentaste isso para nós de
maneira muito simples, mas que tocou cada um de nós naquilo que realmente um
Conselho tem que fazer, algo que, muitas vezes, nem é tão simpático, às vezes
criamos inimigos. Na verdade, tu consegues transmitir para nós o dia a dia, e
quem acompanha o trabalho do Coren sabe que o Conselho está lá exercendo a sua
função, mesmo que alguns não gostem, mas isso é importante para que se avance
perante o reconhecimento dessa classe. Vocês têm feito isso permanentemente,
através de cursos de capacitação, oferecendo àqueles que são auxiliares a
oportunidade de se tornarem técnicos de Enfermagem; enfim, possibilitando um
leque de oportunidades a essa classe tão importante e tão grande. São mais de
1,5 milhão no Brasil e mais de 130 mil no Estado, divididos entre enfermeiros,
técnicos e auxiliares de Enfermagem.
Quero saudar, Graça, sem aqui percorrer a história,
acho que não há necessidade, acho que o momento nos apresenta um desafio, a Saúde necessita de uma atenção muito especial de todos nós. Eu fico
muito satisfeito em saber que o Coren - o Conselho Regional de Enfermagem -
está atuando de maneira como deve ser: fiscalizando, garantindo que o cidadão
seja atendido por um profissional capacitado, por um profissional que tem a sua
titulação, seja de auxiliar, seja de técnico, ou de enfermeiro. Então, eu fico
muito satisfeito. Ao mesmo tempo, tu sabes que podes contar comigo. Já tivemos
a oportunidade de conversar com o Ministro do Trabalho, que foi muito sensível
à redução da jornada de trabalho. Que bom que Estados já avançaram, porque isso
nos dá referência. Nesta Casa, vários Vereadores têm uma luta permanente em
relação à Saúde: o Dr. Raul, o Ver. Oliboni e o meu colega de Bancada, o Ver.
Thiago. Eu tenho certeza de que nós iremos contar com eles e com todos os
outros, porque a Saúde tem sido um debate permanente nesta Casa, tem sido dada
a atenção que merece, e nós queremos avançar bastante no assunto da Saúde. Eu
tenho certeza de que, se conseguirmos construir uma frente em relação a essa
redução de jornada, nós estaremos garantindo uma melhor qualidade de vida...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.) (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores.
(Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero aproveitar este
período, Ver. Oliboni, Verª Celeste, que são meus parceiros de Bancada, para
marcar aqui as atividades desta Semana da Enfermagem. Enfermeiro, enfermeira -
profissão fundamental para que tenhamos o devido cuidado com todos aqueles que
necessitam do serviço de saúde. Eu quero louvar, inclusive, a postura que as
entidades representativas do seu segmento têm tido; principalmente os
enfermeiros e enfermeiras, por assumirem, muitas vezes, funções como servidores
públicos municipais, como gestores da Saúde Pública. Eu acho isso muito
importante. E é fundamental, no caso de quem for servidor público, ter uma
postura equidistante das suas paixões político-partidárias, independentemente
de quem esteja no Governo, e assumir funções para que a máquina pública
funcione e para que o beneficiário seja a população que necessita do serviço de
saúde. Eu não poderia deixar de marcar, de sublinhar essa questão importante.
Nos dias de hoje, em que nós temos tantos e tantos
problemas com a saúde, é preciso abrir um debate com o seu segmento, um debate
sobre a gestão pública de Saúde. Até que ponto os Governos estão preparados
para fazer uma gestão eficiente dos recursos que vêm para a Saúde, através do
SUS? Até que ponto os Governos objetivam ter mecanismos de distribuição dessas
verbas, a contratação de servidores, de profissionais, da compra de
medicamentos, para que o sistema funcione efetivamente? São, exatamente, os
profissionais da Saúde, a começar pelos enfermeiros, a colocar o dedo na
ferida, mostrar quais são os caminhos, porque nós precisamos ter planejamento
estratégico, gestão estratégica, porque mais Governo significa mais eficiência.
Independentemente - olha que fala aqui um militante, um dirigente partidário -
de questões políticas e ideológicas, não tem como fazer Saúde Pública de
qualidade sem valorizar o profissional da Saúde, a começar pelo salário, a
começar pelo respeito do horário de trabalho.
Por isso eu fiz questão de aproveitar este tema
para levantar essas questões. E faço, inclusive, um desafio: que as senhoras e
os senhores, Ver. João Dib, que nos ouvem aqui, que estão aqui, possam nos
pautar, com mais frequência, sobre a gestão da Saúde em Porto Alegre, sobre o
seu trabalho profissional, as suas problemáticas, os gargalos da gestão e,
muitas vezes, o desdém com que o gestor público, o cargo de confiança coloca o
servidor de carreira. E para quem está fora do serviço público, porque também
precisamos desse mesmo tipo de postura nas clínicas particulares, nos hospitais
não conveniados ao Sistema Único de Saúde, porque a Saúde é um todo. Nós
queremos, sim, o acesso universal! Como diz a Constituição: é direito de todos
e dever do Estado.
E queremos terminar sublinhando aquilo que
levantamos aqui no início sobre a gestão da Saúde, o controle das verbas, a
compra de medicamentos, para que a gente não fique na mão da caneta de um juiz
que vai decidir qual o medicamento que deve ser dado para as pessoas. Mas que
isso venha do setor da Saúde! Parabéns, enfermeiras e enfermeiros! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.
O SR. PEDRO
RUAS: Obrigado, Srª Presidente. Trazendo também o apoio do PSOL para os
enfermeiros, para os técnicos de enfermagem, à sua luta e ao seu trabalho, eu
informo à Presidente Sofia Cavedon que estão presentes nesta Sessão o Centro de
Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Sul e a ASTC - Associação dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado do Rio
Grande do Sul. As entidades solicitam que, após o período dedicado aos
enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem, sejam recebidas
por V. Exª e por aquelas Lideranças que puderem estar presentes. Muito
obrigado, Srª Presidente.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; aproveito o período de Comunicações,
uma vez que estou inscrito em Pauta, Ver. Mauro, para parabenizá-lo pela
iniciativa e saúdo a nossa convidada, a Presidente do Coren, a Srª Maria da
Graça Piva, saudando também todos os profissionais que aqui estão.
Com certeza, nós, Vereadores e Vereadoras, não
podemos esquecer que o mês de maio é um mês muito carinhoso: começamos com o
Dia das Mães; dia 12, nós comemoramos o Dia dos Enfermeiros; depois, Dia de
Nossa Senhora de Fátima; dia 20, Dia do
Técnico de Enfermagem, uma data maravilhosa que lembra os colegas profissionais
da área da Saúde. Por isso não podemos deixar de fazer, neste momento, algumas
sinalizações, Ver. Pedro Ruas, sobre função tão importante, que traz, na sua
longa história de luta, algumas reivindicações que ainda não foram alcançadas,
como essa luta das 30 horas semanais. E mais do que isso: nós percebemos que
nacionalmente temos que ter o piso nacional de salários para podermos fazer o
regramento, seja ele para concurso público, que há muito não acontece, seja em
nível de Estado e de Município, o que também é uma bandeira de luta desses
profissionais. Podemos dizer também que esse piso nacional de salários
agrega-se a uma luta dos sindicatos.
Eu lia há pouco um
artigo que traz um pequeno manifesto do Coren sobre o excesso de trabalho
ocasionando erros na área da Saúde. Mas, se isso está acontecendo, na grande
maioria das vezes é exatamente pela sobrecarga de trabalho, justificando essa
luta pelas 30 horas semanais. Nós percebemos que esses profissionais, ao longo
da sua vida, vêm sendo sobrecarregados numa função que exige cem por cento de
atenção. Não é por acaso que, quando um cidadão chega a uma Emergência, ou à
UTI, ou ao bloco cirúrgico, ou quando ele vai ser internado, o profissional da
Saúde tem que ter enorme atenção para que a medicação prescrita pelo médico
seja adequada, correta e seja dada no horário certo. Não tem como errar.
Infelizmente isso acontece, e se paga caro por um erro médico ou um erro do
profissional da Saúde.
É importante, sim,
que o Coren assuma a sua função de fiscalização, e percebemos que, das 6 mil
instituições do Estado, mais de 3,7 mil foram fiscalizadas; possivelmente,
nessas 3,7 mil foi comprovado o excesso de trabalho desses profissionais. Com
certeza, a relação trabalho e profissional foi pautada com a Direção dessas
instituições, para que ali se possa atender o cidadão com maior segurança, de
forma mais adequada e solidária.
O Sr. Pedro Ruas: V. Exa
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, V. Exª faz um pronunciamento muito lúcido e muito correto acerca dessa questão da
carga horária, do piso nacional de salários, da ausência do concurso público e
das condições novas que teriam que ter os enfermeiros, técnicos de enfermagem e
auxiliares para bem exercerem suas atividades e protegerem a população. Aliás,
V. Exª, que presidiu tão bem a Comissão de Saúde, conhece o tema e a luta pela
Saúde do nosso Município. Aproveito este aparte que nos concede e falo em meu
nome, em nome da Verª Fernanda Melchionna. Quero homenagear também, em nome do
PSOL, esses profissionais tão dedicados e que têm tido até agora tão pouca
atenção do Poder Público. Muito obrigado.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Agradeço,
Ver. Pedro Ruas. Com certeza, com essa manifestação trazida aqui, no dia de
homenagem, pelo colega Ver. Mauro Zacher, nós queremos nos congratular,
solidarizar-nos e dizer que estamos vigilantes, sim. O Município de Porto
Alegre tem que abrir concurso público, o Estado tem que abrir concurso público.
Deve haver mais possibilidades, são milhares de trabalhadores sendo formados
todos os anos, precisamos ampliar o mercado de trabalho, como acontece na área
da construção civil e em tantas outras áreas, mas é importante, sim, que haja a
sinalização do Poder Público. O que nós queremos é um serviço público gratuito
e de qualidade para todos os cidadãos da nossa Cidade, do nosso Estado e do
nosso País. Parabéns à Direção do Coren e a todos os profissionais...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em Comunicações, por
cedência de tempo do Ver. Bernardino Vendruscolo.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; nossa visitante, Srª Maria da Graça, do Coren; cumprimento todos
que aqui estão prestigiando este momento. Eu queria me solidarizar e dizer da
propriedade da homenagem; quero dizer que o Ver. Mauro Zacher foi muito feliz
em trazê-los aqui. A gente, que trabalha na área da Saúde, no meu caso, desde
1977, no Hospital de Pronto Socorro - lá se vão 34 anos, pensei que essa fosse
a minha idade, mas não é infelizmente, gostaria muito que fosse -, já teve a
oportunidade de conviver com milhares de profissionais da área da Saúde e de
formar na nossa convicção a importância e a propriedade do trabalho do Coren.
Somos testemunhas do dia da dia, até por militar na área da Saúde desta Cidade,
nos mais variados locais. E quero dizer do carinho que a gente
tem, como médico, como profissional da saúde, e da necessidade que há de
integração do trabalho, principalmente na Saúde Pública, em que a integração se
faz mais necessária. E aí está a Estratégia de Saúde da Família, por exemplo,
que traz isso cada vez mais forte para o nosso Brasil: estão presentes o médico
de saúde da família, o enfermeiro, a enfermeira, o técnico, a técnica de
enfermagem e os agentes comunitários de saúde, trabalhando de forma unida e
buscando o que todos nós queremos: uma prevenção, um atendimento e uma cura
efetiva, uma saúde pública individual e coletiva melhor para todos nós.
Eu estou fazendo um pouco de déjà-vu na área da saúde e gostaria, neste momento, de homenagear
algumas pessoas com quem convivi no decorrer da minha trajetória. Eu me lembro,
por exemplo, da Cléia, que trabalhou comigo por oito anos na Vila Areia, na
época em que a Vila ficava junto à freeway.
Era eu, médico, e a Cléia, técnica de enfermagem, atendendo todo aquele
pessoal. Hoje nós temos, muitas vezes, Unidades com 25 ou 30 funcionários;
Unidades que, efetivamente, em termos de atendimento da população, não diferem
muito daquilo que nós fazíamos entre dois naquela época, tal a dimensão que as
coisas vão tomando ao longo do tempo. Eu me lembro da Neli, muito querida,
trabalhou comigo na Ilha dos Marinheiros, e das enchentes que tornavam um caos
a Ilha do Pavão e a Ilha dos Marinheiros. E lá estávamos, eu e a Neli,
trabalhando, atendendo. E hoje não são poucos os lugares a que eu vou em que as
pessoas me dizem: “Bah, Dr. Raul!”, “Mas quem tu és?”, “Eu sou o filho da Neli,
eu tinha dois anos e estava lá no posto; muitas vezes ela me carregava no colo
para poder atender a população”.
Então, o que eu estou querendo dizer com isso é da
necessidade de nós trabalharmos, todos os profissionais da saúde, juntos e
reivindicarmos uma melhora coletiva para todos. Os médicos não estão
satisfeitos, os enfermeiros também não, os atendentes também não. Por quê?
Porque a saúde neste nosso País não é uma prioridade; ela é um discurso
político, mas não é uma prioridade efetiva. Estamos falando este ano na
regulamentação da Emenda nº 29. Aliás, estamos falando há vários anos, agora
nós estamos falando de uma regulamentação efetiva. Eu acho que isso também leva ao encontro de todos os profissionais da área da Saúde, para
que consigamos chegar lá e aí trabalharmos a questão da gestão com recurso
financeiro realmente adequado, realmente maior. Acredito, tenho fé na nossa
Presidente Dilma, que está trabalhando nessa matéria. Desde que assumiu, ela
tem se posicionado nesse sentido, e parece-me ser uma pessoa sensível às
questões da Saúde. Então, acredito que, nos próximos anos, teremos avanços
substanciais na Saúde Pública, e é importante que tenhamos lideranças como
vocês, que aqui estão; como a Maria da Graça, à frente do Coren; como o do Dr.
Fernando Matos, à frente do Conselho de Medicina. Que todos estejamos unidos
para dar o que todos queremos...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Dr.
Raul. Eu queria informar ao conjunto dos Vereadores que hoje a Mesa pediu que
seja mantido o critério pelo qual o som é cortado automaticamente. Explicamos
aos nossos convidados que essa é uma forma de tratar igualitariamente os
Vereadores, por serem uns mais prolixos que outros, por isso temos o corte do
som quando o tempo regimental termina.
Convido o Ver. DJ
Cassiá, nosso Vice-Presidente, para conduzir a Sessão nesta homenagem, para eu
não deixar as Instituições e o Tribunal de Contas aguardando por muito tempo.
Vou atendê-los rapidamente, mas com a devida importância.
(O Ver. DJ Cassiá
assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni
Proença está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TONI PROENÇA: Ver. DJ Cassiá, nosso
Presidente a partir deste momento; quero cumprimentar todos os Vereadores e
Vereadoras; a Maria da Graça Piva, Presidente do Coren; todos os conselheiros,
enfermeiros e militantes da Saúde que hoje nos visitam e nos brindam com a sua
presença. De uma maneira muito especial e carinhosa, faço uma saudação ao nosso
Ver. Mauro Zacher, que teve a feliz e brilhante ideia de proporcionar esta
homenagem a todos os enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de
enfermagem; este mês, como disse o Ver. Aldacir Oliboni, é o mês da atenção e
do carinho, começou com as mães e passou pelos enfermeiros e enfermeiras,
inclusive com o Dia de Nossa Senhora de Fátima. É o mês, portanto, do carinho,
da atenção e da solidariedade.
Eu queria contar duas
histórias que se passaram no Morro Santa Teresa, Ver. Mauro Zacher, em Postos
de Saúde diferentes da Prefeitura Municipal. Uma ocorreu em 2007, num inverno
frio, chuvoso, em que inspecionávamos os Postos de Saúde, já eram quase 18
horas, e a médica, depois de atender o último paciente, chegou na sala da
recepção, onde estávamos todos, e disse: “Olha, podemos fechar, então”. E a
enfermeira que comandava o Posto lá disse: “Olha, ainda não podemos fechar,
porque o Fulano” - eu não me lembro o nome do menino - “ainda não veio hoje”.
Aquilo me chamou a atenção, e eu perguntei quem era o Fulano. Ela me disse que
era um menino da comunidade que tinha asma e que, naqueles dias frios e úmidos,
sempre ia lá fazer um atendimento de emergência. Olha, não se passaram cinco
minutos, chegou o menino, pela mão da mãe, já ofegante. E eu vi naquilo muito
além da dedicação profissional, muito além do compromisso do juramento que
todos vocês fazem na área da Saúde, muito além disso: vi uma entrega e uma
filosofia de vida. Vocês não são profissionais, vocês entregam a vida de vocês,
dedicam a vida de vocês para cuidar da saúde dos outros, que é o bem maior que
todo homem e toda mulher têm. Por isso,esta homenagem é muito válida.
E agora, há um mês,
visitando, de novo, um Posto de Saúde do Morro Santa Teresa, Ver. João Antonio
Dib, nós estávamos conversando, e o médico disse: “Olha, nós, agora, aqui,
temos um segundo problema: é a superlotação do Posto”. E eu disse: “Mas vocês
têm um número 'x' para atender na comunidade” - estávamos na Vila Gaúcha, perto
do Belvedere ali do Morro Santa Teresa. E a enfermeira do Posto disse o
seguinte: “Olha, o atendimento do Posto aqui ficou tão bom, a qualidade é tão
boa, que a classe média do entorno” - e aquilo ali é uma região de classe média
alta - “ocupa o Posto para o seu atendimento”. Em vez de buscar o seu plano de
saúde, em vez de buscar o atendimento particular no médico, essa classe média
vai ao Posto, em que o atendimento e a qualidade estão muito bons. “Mas isso é
ruim?” E a enfermeira disse: “Claro que não, isso é muito bom. Isso é bom,
porque dá a oportunidade de as pessoas mais carentes conviverem com as pessoas
de melhores posses”. E isso vai promover, além da qualidade da saúde, a inclusão social.
Então, de novo, aí está. Eu fiquei muito feliz
quando vi a sua explicação, Maria da Graça, porque vi que o Coren tem aí um
trabalho na área de responsabilidade social. Parabéns a todos vocês; são
algumas histórias que ilustram a dedicação de vocês à saúde dos outros, a
entrega que vocês fazem e a vida que vocês dedicam a melhorar a saúde,
qualificar a saúde de toda a população. Parabéns a todos! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Beto Moesch.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente em exercício, Ver. DJ Cassiá;
ilustre visitante, enfermeira Maria da Graça Piva, Presidente do Coren, o
Conselho Regional de Enfermagem; caro colega Líder da Bancada do PDT, Ver.
Mauro Zacher, parabéns por esta homenagem. Realmente, é uma homenagem muito bem
colocada, Ver. Mauro Zacher, pelo cuidado que as enfermeiras que compõem a
equipe de profissionais de Saúde dispensam aos pacientes, são profissionais
fundamentais para que esse trabalho seja desenvolvido de forma harmônica, e é o
que muitas vezes nós observamos. Vejo aqui o Edison, e, enquanto o Ver. Toni
Proença colocava essas histórias que presenciamos na prática, eu me lembrava
dos demais colegas enfermeiros, grandes colegas que a gente, no dia a dia, lembra
de homenagear. Lembrava-me do Luciano, lá da Pitinga; lembrava-me da Longina,
de Belém Novo; da Máurea, da Restinga - enfim, lembrava-me de diversos colegas
enfermeiros que realmente fazem com que esse espírito de equipe
multidisciplinar efetivamente dê certo, e isso é fundamental na atenção básica.
Como dizia aqui o Ver. Toni Proença, a atuação da
equipe multidisciplinar em conjunto é fundamental para a
atenção básica dar certo. Sem essa coordenação, sem esse espírito de grupo, nós
não vamos ter uma boa ação do médico, nós não vamos ter uma boa ação dos
técnicos de enfermagem, nós não vamos ter uma boa ação dos agentes comunitários
de saúde. Nas unidades de tratamento intermediário, nos prontos atendimentos,
sem essa ação que acaba concatenando a equipe de saúde, nós também não vamos
ter um bom desenvolvimento. Então, muitas vezes, esse dinamismo que é dado
pelas enfermeiras e pelos enfermeiros acaba fazendo com que a equipe de saúde
possa ter um desenvolvimento harmônico, visando sempre a promoção e proteção da
saúde. Antes do tratamento da doença - e eu recolho esta experiência dos
colegas enfermeiros que eu acabei de nominar, do aprendizado que eu tive com
eles -, o principal é fazer a promoção e proteção da saúde: sem dúvida nenhuma
isso é mais barato, sem dúvida nenhuma dá muito mais resultado para a Saúde
Pública e pode, efetivamente, levar a um maior bem-estar da nossa população.
Lá no planejamento
familiar, Ver. Dr. Raul, lá no Centro Integrado de Planejamento Familiar, a
atividade da Enfermeira Irene, que trabalha lá, é fundamental para o
desenvolvimento do Centro. Ela forma os grupos, encaminha os pacientes para as
diversas especificidades. Bom, se o casal realmente não está decidido pela
laqueadura, é encaminhado à psicóloga e ao serviço social; se realmente está
decidido, ela, na sua triagem, na sua avaliação de grupo e depois individual,
encaminha para realizar o atendimento cirúrgico, para a laqueadura ou a
vasectomia. Então, vejam que, além do papel destacado pelo Ver. Toni Proença
nessa afetividade que a gente nota, no trato com as comunidades, além disso, na
organização do Sistema Único de Saúde, a atividade da enfermeira é muito
importante.
Por tudo isso, Ver.
Mauro Zacher, quero mais uma vez destacar aqui esta homenagem, quero
parabenizá-lo, Vereador, e parabenizar todas as enfermeiras e todos os
enfermeiros que, junto com os demais profissionais da saúde - médicos, técnicos
de enfermagem, assistentes sociais, psicólogas e agentes comunitários de saúde
-, lutam dia a dia por uma saúde melhor para a nossa população. Eu ouvi as
críticas anteriormente feitas aqui e quero dizer que...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Concluída a homenagem, quero agradecer à Srª Maria
da Graça, Presidente do Conselho Regional de Enfermagem, e a todos os
profissionais da área em nome desta Casa, que representa a sociedade
porto-alegrense, e em nome de todos desta Cidade. Agradecemos ainda a dedicação
com que cada um dos senhores e cada uma das senhoras, durante o dia ou a noite,
defendem uma saúde com qualidade. Parabéns a todos por esta data. Comunico
ainda que os colegas da enfermagem se encontram no saguão medindo a pressão e a
glicose; há ainda um bolo para comemorar esta data com os funcionários da Casa.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h09min.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cássia – às 15h10min): Estão reabertos os trabalhos. Damos continuidade
ao período de Comunicações.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.)
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, claro que hoje não é um dia propício
para eu falar, mas, como estou inscrito em Comunicações, então venho falar,
Ver. Toni Proença.
Hoje é um dia terrível, depois de ontem; aquela
verdadeira luta, aquele Gre-Nal, que nos fez realmente refletir muito e também
valorizar, Ver. Dr. Thiago. A gente sabe que fizemos de tudo e não conseguimos.
Mas há uma pessoa que deve ser lembrada, Ver. João Antonio Dib, um amigo,
empresário e companheiro que tem feito o Campeonato Gaúcho ser valorizado: o
querido amigo Francisco Noveletto. Lembro que o Campeonato Gaúcho não era valorizado
há 4, 5, 6, 7, 8 anos e agora virou uma verdadeira batalha, Ver. DJ Cassiá,
desde que começou o jogo. Eu quero dar os meus parabéns para o Presidente da
Federação Gaúcha de Futebol, que soube reorganizar o Campeonato Gaúcho,
fazendo-o grande, como foi ontem. O Grêmio dizia, antigamente, que eles jogavam
por cafezinho, assim o Internacional também, mas ontem eles demonstraram a
verdadeira batalha e queriam levar esse Campeonato Gaúcho.
Então eu quero dar os meus parabéns ao Presidente
Francisco Noveletto, ao meu Presidente Paulo Odone, que tanto trabalhou e tem
trabalhado pelo Grêmio. Quero dizer que realmente eu fiquei com ciúmes deles.
Eu fiquei com muito ciúme do Internacional por ter levado a nossa taça para lá,
pois nós poderíamos ter matado o jogo no primeiro tempo. Fiquei, DJ Cassiá, é
incrível! Não sei se os companheiros Vereadores tem gosto pelo futebol, tem a
oportunidade de ver, mas eu fiquei pensando o que um jogo de futebol
proporciona, o tamanho do espetáculo, a quantidade de pessoas que trabalham, os
empregos que geram o Grêmio e o Internacional, é impressionante. Ninguém sabe o
tamanho certo, porque, se soubessem... Vou dizer um detalhe: é muito grande.
Mas eu também quero falar, agora, de coisas boas
que vêm acontecendo na Cidade. Eu conversei, na quinta-feira, com o Secretário
Humberto Goulart, que vem trabalhando intensamente no DEMHAB, fazendo um
trabalho espetacular e bonito. Na quinta-feira, Ver. Dib, quando eu estava com
o Secretário, entregando as chaves aos moradores da Vila Chocolatão, vi que não
é aquilo que pregavam - diziam que a moradia não era decente. Foi uma coisa
impressionante: as pessoas, quando viam o Secretário, choravam, elas o abraçam
e o beijavam. Eu fiquei impressionado. Nunca, na minha vida, desde que estou aqui,
há seis anos, eu tinha visto isso! Acompanhei várias entregas de casas, mas
nunca vi tamanho sentimento por parte das pessoas. E na sexta-feira, novamente,
repetiram o gesto com o Prefeito Fortunati. O Prefeito Fortunati, caminhando
pelo pátio, e as pessoas chorando e agradecendo. Eu confesso que jamais tinha
visto. Fiquei emocionado, Ver. Dib, em ver aquelas pessoas que mais precisavam,
que mais necessitavam... Quantas vezes ocorreram incêndios aqui? Isso se deve a
um trabalho do Prefeito Fogaça que teve continuidade com o nosso querido
Prefeito Fortunati.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Está encerrado o período de Comunicações.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, por incrível que
isto possa parecer, este é um Parlamento do Município de Porto Alegre. Aqui
devem falar aquelas pessoas que se dispõem a comentar os fatos que são
importantes para a nossa Cidade. Por isso, meu querido amigo, Ver. João Antonio
Dib, eu estou estranhando que a esta tribuna ainda não tenha vindo nenhum
Vereador para dizer da tragédia, para dizer da vergonha que todos nós,
brasileiros, temos que ter de um Ministro que é uma figura não nova na nossa
República, porque, afinal de contas, ele já apareceu, nos noticiários e por
este País afora, como alguém que estava corrompendo e roubando o País. Mas, no
noticiário, apareceu agora como alguém que, em quatro anos, Ver. João Antonio
Dib, teve o seu patrimônio aumentado em 20 vezes!
Olha, o Brasil estagnou! A notícia que dão
constantemente, de que a pobreza no País acabou, é uma mentira, é uma farsa!
Afinal de contas, para medir a pobreza do País, inventaram que quem ganha mais
do que 70 reais por mês já deixa de estar na pobreza absoluta. Isso é uma
farsa, isso é mentiroso. Quem ganha 100 reais, então, é quase que milionário
para os padrões do nosso País...! Enquanto vivemos essa mentira que é pregada
pelo Governo Federal constantemente, um dos seus Ministros, um que estava
envolvido em dez processos por ter malversado recursos - e, por incrível que
possa parecer, neste nosso País onde o Judiciário não é confiável, infelizmente
-, foi liberado desses dez processos, Ver. João Antonio Dib! Ele estava, na
verdade, envolvido em dez processos por malversação de recursos.
Ver. Adeli Sell, V. Exª, que é uma das mentes
claras, límpidas, da sua Bancada, pode, quem sabe, até dizer como é que pode
alguém que foi Ministro, que foi Deputado, que foi homem importante, mas que
também foi apontado em processos de corrupção ter o seu patrimônio aumentado 20
vezes em 4 anos. É muita coisa, Ver. João Dib! Quer dizer, o que ele não soube
fazer para o Brasil - porque ocupou cargos importantíssimos no País - soube
fazer para ele. Por isso não sobrou nada para o País; por isso a Saúde é esta
miséria que está aí, a Educação a mesma coisa. Claro que não sobra dinheiro, os
caras roubam tudo! Eu queria ouvir a opinião dos meus amigos da Bancada
petista, porque, afinal de contas, alguém que surrupia aquilo que é do
brasileiro... Ver. Toni Proença, isso é da Educação, é da Saúde e está lá no
bolso do Palocci! E ninguém fala nada?! Quer dizer, a moral é defendida só
quando outros que não pertencem ao Partido de V. Exas estão ligados
a algum processo que traz a infelicidade do povo, mas, quando é gente ligada
aos Partidos de V. Exas, todo mundo se silencia e se cala! É uma
vergonha o que acontece no País, uma tragédia, infelizmente. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, há poucos dias, eu dizia, da tribuna, da minha insatisfação, da
minha dificuldade em continuar sendo otimista como vinha sendo até hoje, porque
todas as notícias de que tomamos conhecimento nos levam a preocupações muito
sérias com o futuro deste País. Nós não temos, na vida pública, muita
seriedade, muita responsabilidade, falta até dignidade.
Há 30 anos, o Rio Grande do Sul tinha 233
Municípios e agora tem 496. O que melhoramos no Estado em razão dos 496
Municípios? Bom, melhoramos: temos muitos mais Vereadores, temos mais
Prefeitos, temos mais Vice-Prefeitos; agora, falta-nos segurança, porque, há 30
anos, a Brigada Militar tinha 32 mil homens, e agora deve ter em torno de 25
mil, e hoje temos mais Municípios. Mas, politicamente, para alguns, a coisa
evoluiu, há mais candidatos, e a Câmara Municipal aqui já está se preparando
para passar para 37 Vereadores.
No Congresso Nacional, a grande maioria dos
congressistas tem dívidas no Judiciário. E quero dizer ao Ver. Luiz Braz que
não é o Judiciário que não é eficiente; é que a legislação, neste País,
dificulta que o Judiciário tome medidas contra aqueles donos da verdade, que
são Deputados Federais e Senadores. Eles têm dívidas a sanar com a Justiça, mas
a legislação impede que o Supremo Tribunal faça qualquer coisa contra os homens
que têm imunidade.
Mas nós temos 27 Estados e 513 Deputados, e agora
eles querem criar mais dois Estados. O que adianta dividir o Pará em três? O
que vai melhorar dividindo aquele Estado em três Estados? Vai aumentar o número
de Deputados Estaduais, vai aumentar o número de Deputados Federais. Alguém
disse que o plenário da Câmara Federal é para 400 Deputados; se todos
comparecessem, não haveria mesas para eles, mas agora eles vão superar os 513
se aprovarem os dois Estados!
Então, não vejo nenhuma nuvem de otimismo no
horizonte. Não vejo! E vão criar mais Estados, vão criar mais Municípios, já
estão tentando fazer isso aqui também. E quando é que vamos ter mais recursos
para dividir? Como foi dito, para a Saúde não, porque o Dr. Lula disse que,
para a Saúde, não tinha, não devia ser dado recurso, e eu ouvi isso duas vezes
dos dois Líderes do Governo. Agora, o homem que foi o Ministro da Fazenda e
que, como disse o Ver. Luiz Braz, não soube fazer o País andar compra um
apartamento no valor de 6,6 milhões de reais, e dizem que o condomínio custa 14
mil reais. Como é que, de repente... Ele é médico, mas acho que não exerce a
Medicina; ele é Deputado Federal, mas não exerce o cargo. Atualmente, ocupa o
cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil, cargo já ocupado por José Dirceu, de
gratas lembranças para o Partido dos Trabalhadores, porque é quem fala mais
alto lá agora. Eu não sei se posso ter algum resquício de otimismo em relação
ao nosso maravilhoso País, que é capaz de suportar todas essas barbaridades que
o Congresso Nacional faz. Agora querem aumentar o número de Deputados e de
Senadores. Eu queria que fosse a mesma proporção dos Estados Unidos: para os 50
Estados, 435 Deputados. Nós teríamos 234, mas não é assim, o Brasil é outro
mundo. O miserável está sendo incluído entre os ricos? Não, os ricos estão
sendo incluídos entre os miseráveis, como disse o Ver. Toni Proença. Saúde e
PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Presidente, Ver. DJ Cassiá;
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; todos os que nos assistem, senhoras e senhores, eu não
gostaria de falar deste assunto, mas é uma obrigação: é sobre o lixo,
Presidente DJ Cassiá, Ver. Adeli Sell, sobre o lixo na Rua da Praia, no Centro
de Porto Alegre e nas periferias. Tenho aqui uma reportagem sobre o lixo. Na
semana passada, eu estive no DMLU, conversando com o Diretor; nós sabemos que é
uma demanda muito grande, Ver. Oliboni. É enorme a demanda do lixo na nossa
Capital. Como eu moro na Rua da Praia, eu posso presenciar melhor a situação e,
por me conhecerem, recebo muitas reclamações. O Centro de Porto Alegre não é só
o comércio, há muitos edifícios residenciais, em que mora muita gente, como eu.
Então, aqui, nós fazemos um pedido, um apelo ao nosso Diretor do DMLU: olhe com
mais carinho a questão do lixo. Está pavorosa a situação, por isso está aqui no
jornal Correio do Povo: “Lixo toma conta das ruas, o lixo toma conta da Rua da
Praia”. Não sou eu quem está dizendo, é o povo. A gente gostaria de um
interesse maior do nosso Diretor do DMLU, para que possamos ter um Centro
limpo, também as periferias. Eu acho que o lixo não é bom para ninguém, o lixo
traz muitas doenças, ratos, baratas e, fora isso, o mau cheiro. Com todo
carinho, eu peço, porque eu já fiz umas três ou quatro vezes Pedido de
Providências sobre o lixo, sobre poda de árvores no Centro, os galhos das
árvores invadem as fiações, invadem as janelas dos edifícios. A gente sabe, eu
tenho consciência, Porto Alegre cresceu muito, e essa demanda também cresceu.
Vamos nos preparar melhor e atender essa demanda com mais tranquilidade, vamos
dar tranquilidade ao povo de Porto Alegre. Eu quero agradecer, DJ Cassiá.
Um outro assunto muito importante também é sobre a
Copa, é a minha preocupação com o social. Estivemos na semana retrasada na
SECOPA, junto com o Ver. Airto Ferronato, junto com o Secretário João Bosco
Vaz, Secretário da Copa, e saímos com uma boa impressão. Que bom que nós, aqui
no Rio Grande do Sul, estamos pensando no social; primeiro no social, claro,
depois nas obras, para que possamos receber maravilhosamente a Copa do Mundo.
É claro, como gremista, como jogador que fui do
Grêmio durante 13 anos, como torcedor que ama esse time, quero parabenizar o
Internacional, nosso coirmão, a quem respeitamos muito, foi merecido, eles
mereceram. Merecia também o Grêmio vencer, mas o Internacional...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Ver. Tarciso, só não segurei mais o seu tempo
aqui, porque hoje houve um acordo de Lideranças no sentido de que, quando
terminasse o tempo... Eu mesmo costumava segurar, mas me disseram que não era
para segurar mais.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Que pena!
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu estava escutando o Ver. Luiz Braz
falar sobre o Palocci e quero dizer que desse assunto eu não preciso me ocupar,
porque V. Exª se ocupou muito bem. Agora, eu queria pedir à Presidente da Casa
- que não está aqui no momento -, aos educadores da Casa, aos professores daqui
que façam uma corrente, façam uma moção, um movimento para aquele Ministério da
Educação do Brasil - o mesmo que complica o ENEM - que apresentou um livro
didático ensinando errado para as crianças! Eu acho que o PT já passou das
contas! Eu acho que aí já passou das contas! Um livro que ensina dizer “os
livro não são necessário para ensinar as criança”? Não é possível! Não é
possível um livro desses ser adotado pelo Ministério da Educação, Ver. Luiz
Braz! Então, nós estamos desandando a maionese no Brasil! Desandou a maionese
de vez! Daquela Ministra - a irmã do Chico Buarque que está resgatando o cachê
do Chico para apoiar a campanha eleitoral -, pelo jeito, saiu mais uma hoje,
aprovando mais um blog da prima, mais
um milhão e novecentos! E aí o Gilberto Carvalho, o de Campinas, daquela turma,
disse que ela está blindada! Está blindada! Mas não é possível! Ela aprova blog para a Bethânia, ela aprova o blog
da prima, ela tira diária no Rio de Janeiro, e o Gilberto Carvalho diz para ela
que ela está blindada! Olha, eu estou muito preocupado.
E aí o Ver. Adeli pode me dizer assim: “Mas temos
que falar de Porto Alegre”. Mas vamos falar de Porto Alegre! Eu sei que, quando
eu vim de Ibiraiaras para cá, Ver. Haroldo, eu tinha dificuldade de pronunciar
os erres. Eu tinha uma dificuldade enorme, tanto é que eu dizia “arreia” e
“tera”. E eu tive que aprender, porque as pessoas gozavam de mim, porque eu
falava errado. Falava “erado”, Ver. João Dib. Então, agora o Ministério gasta
uma fortuna com um livro didático ensinando as crianças a falar errado! Eu acho
que nós estamos com os nossos tempos - os nossos não, os tempos de quem está
destruindo a Educação no Brasil há algum tempo... Primeiro, são os ensinamentos
nos acampamentos, as escolas dos acampamentos: em vez de ensinarem História do
Brasil, ensinam que a História começou com o Governo Olívio Dutra. Depois, vem
o Sr. Tarso Genro dizer que não iria aumentar imposto, e agora a gasolina subiu por culpa do Lula, que foi vender etanol pelo
mundo todo, mentindo que o etanol é isso, que o etanol é aquilo, que estava
sobrando petróleo! Deu uma crisesinha, e faltou etanol, até disse que estava
faltando petróleo! Só não se entenderam os Ministros!
Agora, o Governador
Tarso Genro, em poucos meses, criou um monte de despesas e não atendeu ninguém:
nem funcionário público, nem professor, nem técnico-científico, ninguém! A
gasolina estava em R$ 2,89 durante duas semanas, e ele, rapidinho, aumentou. A
gasolina no Rio Grande do Sul, por um Decreto, por uma assinatura, por uma
atitude do Governo Tarso Genro, aumentou. O Governador Tarso Genro já aumentou
impostos, já aumentou taxas, já criou taxa para veículos; daqui a pouco, ele
vai descontar do salário dos Vereadores para ajudar a pagar os CCs que ele
criou lá no Palácio Piratini. Está demais! E ainda, quando olho agora para o
relógio, aparece o 13: 13 segundos! Eu acho que isso é castigo, com todo o
respeito que eu tenho pelo PT. É um verdadeiro exagero essas coisas que o PT
está fazendo!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Maria
Celeste está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, ocupo este tempo de oposição para tratar de tema
do Município de Porto Alegre, porque esta é a combinação entre os diversos Partidos
que compõem a oposição aqui na Casa: que no tempo de Liderança sejam pautados
os temas do Município. Por isso, depois, a Bancada do PT vai responder, com
certeza, a todas essas questões do grande debate que aqui se estabeleceu em
nível nacional e também em nível do Estado do Rio Grande do Sul.
Mas quero tocar
apenas em um aspecto que acho extremamente relevante, uma crítica contundente
do Ver. Cecchim, quando ele diz da criação de novos cargos no Governo do
Estado. Se nós olharmos para a Prefeitura de Porto Alegre, veremos que os dados
são estarrecedores. O aumento do número de CCs na Prefeitura Municipal de Porto
Alegre foi contundente, foi grande. E quero dizer que
hoje temos nas Secretarias, nas autarquias, incluindo a FASC e as empresas,
quase 900 CCs, precisamente 896 CCs no Município de Porto Alegre, mais que o
dobro do que tínhamos em 2004. O número de estagiários, Ver. João Antonio Dib,
em 2005, era de 1.070 nas Secretarias e, quatro anos depois - o dado que tenho
é de 2009 -, já soma 3.187 estagiários, o que significa dizer que o efetivo de
mais de 4.100 pessoas custa aos cofres municipais, em uma estimativa por baixo,
cerca de 80 milhões de reais por ano.
E aí nós nos
deparamos com o Governo Municipal, que nem sequer senta com os municipários
para ouvir as suas reivindicações, a sua luta por melhores salários, por um
justo acréscimo, real, no seu reajuste salarial. Lamentamos profundamente o que
mais uma vez estamos vendo na cidade de Porto Alegre - mais uma vez! Eu olho,
estranho e custo a compreender, a entender que o nosso Prefeito Fortunati, um
homem moldado nas lutas sindicais, nem sequer, Ver. Mario Fraga, Líder do
Governo também, recebeu a Diretoria do Sindicato para uma negociação. Ele
terceirizou essa tarefa tão importante para o Secretário de Governança, que
hoje tinha uma reunião às 11h - estávamos lá em um ato público, na frente da
Prefeitura - e chegou atrasado nessa reunião; lamentavelmente, deixou toda a
Diretoria do Sindicato esperando por uma reunião de negociação. Lamento profundamente,
Ver. João Antonio Dib, essa postura do Governo em relação ao Sindicato.
Hoje iniciou o
movimento de paralisação; quinta-feira haverá nova assembleia. Tomara que não
haja uma definição por greve geral. Nós já vivemos isto no Município de Porto Alegre
em 2007: mais de 20 dias, a categoria organizada parou o serviço na Cidade. E,
se não houver um diálogo aberto, franco, diretamente com a figura do Sr.
Prefeito, haverá, sim, greve no Município de Porto Alegre. Recursos há, é só
pegar o dados da Receita do último período, dos últimos dois anos, e ali nós
vamos verificar.
Então, Prefeito, pare
de contratar novos CCs! Estamos aí para aprovar uma nova Secretaria, que terá,
no mínimo, mais sete CCs para serem contratados, mais 14 FGs que serão criadas
- classes diferenciadas de FGs neste Governo -, aumentando cada vez mais o
Orçamento e não privilegiando o quadro de funcionários públicos do Município de
Porto Alegre. Fazemos aqui um apelo ao Líder do Governo para que faça uma
interlocução com o Sr. Prefeito e abra um canal de negociação direta entre o
Prefeito, José Fortunati, e os representantes dos municipários de Porto Alegre!
Chega de enganação, chega de tapeação! E é o 13 que está ali de novo no relógio
também, Ver. Cecchim. E quero dizer, com muita alegria, que nós vamos
acompanhar toda essa questão, priorizando...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá; Srs. Vereadores, minha cara Verª Maria Celeste, “o diabo sabe mais
por ser velho do que por ser diabo”, e eu acho que sou velho o bastante para
saber das coisas que aconteceram na Prefeitura.
Eu acho brilhante o
discurso da Verª Maria Celeste; dá a impressão de que tudo é verdade, como se
no passado nada ocorresse. Vamos começar com os 16 anos que eles estiveram na
Prefeitura. Nós não tínhamos autorização para terceirizar os serviços, e eles
terceirizaram, apesar de a lei municipal proibir a terceirização. Nós tínhamos
estagiários por 11 meses, os jovens não podiam estar no último ano e estavam lá
para aprender, e aí o PT criou um monte de cargos para estagiários. E mais:
fizeram com que passasse para 2 anos, e não mais 31 meses - passaram a ser por
dois anos! Não havia na Prefeitura tantos Cargos em Comissão quantos o PT fez.
Nem parecido! Mas nem parecido! Eles aumentaram! Agora, a Verª Maria Celeste
diz que está tudo errado. Eles dizem que Porto Alegre começou com Olívio Dutra.
Mas começou mal.
Agora ouço uma
crítica: que o Prefeito não quer receber os servidores municipais... Eu sou
servidor municipal, fiquei 34 anos na Prefeitura, fui Prefeito! Então, não há
necessidade de ter Secretários municipais...! O Prefeito deve resolver todos os
problemas das Secretarias...! Bom, o lógico é que o Secretário receba, e a
palavra final há de ser do Prefeito, porque, se debaterem com o Prefeito, a
palavra final está dada. Então, deixa amainar, deixa equacionar o problema, e
aí o Prefeito pode entrar; é assim que se faz. Mas no tempo do Olívio era
diferente: ele não atendia nem os funcionários, nem os Secretários, ninguém;
ele era o dono da verdade. Eu presenciei isso.
Agora, a Verª Maria
Celeste diz que há uma perda salarial de 18% desde 2005. Eu vou querer um
financista extraordinário capaz de me dizer de onde saíram os 18%. Agora, se me
disserem que os servidores municipais tiveram perdas salariais a partir de maio
de 2003, quando o Prefeito João Verle falseou os números... E eu, daquela
tribuna ali, demonstrei isso - eu era Presidente -, com o apoio da Comissão de
Justiça: ele falseou os números. Ele não tinha por que suspender a
bimestralidade, mas suspendeu! Tinha dinheiro em CDBs, mas suspendeu! E eu não
vi o PT reclamar coisa alguma e nem me apoiar quando eu fui à tribuna e provei
com números, porque o importante é ter dados numéricos capazes de serem tão
efetivos que não possam ser desmentidos - e o Prefeito nunca desmentiu os meus
dados. Ele parou a bimestralidade, e a Câmara não parou a bimestralidade. Mas o
fato de a Câmara não parar me custou uma barbaridade para buscar a
suplementação a que tinha direito. Eu tive que levar o Prefeito ao Tribunal de
Contas para provar para ele que a Câmara tinha direito à suplementação, porque
ele não queria me dar. Eu tinha continuado a pagar a bimestralidade na Câmara
Municipal. Agora, se me disserem que ali os servidores foram prejudicados - o
Prefeito Tarso Fernando retroagiu com uma liminar e tirou dos municipários
7,8%; ele devia pagar 11% e pagou 3,2%; caiu a liminar, e ele não pagou a
diferença! -, bem, aí eu penso que números são números e não podem ser
contestados.
Então, são esses 18%
que eu gostaria que fossem explicados. Eu sou servidor municipal, eu sou
aposentado. Se derem os 18%, eu também vou receber, mas eu quero que me
expliquem como chegaram a esse número a partir de 2005, quando se definiu o
IPCA como o índice a modificar todos os valores da Prefeitura, tanto nos gastos
quanto na Receita. Eu gostaria que fosse explicado. Mas é claro que não dá para
explicar, porque números não se desfazem. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. DJ Cassiá; meus colegas Vereadores, Vereadoras, senhoras e
senhores que nos visitam, quero dizer que venho a esta tribuna, em nome da
nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, primeiro, para fazer alguns
registros muito rápidos em relação à fala que a oposição ao nosso Governo
Federal fez aqui nesta tribuna.
Eu li atentamente os
jornais de domingo, na grande imprensa, a sequência de elogios que faziam ao
grande Ministro Palocci pelo excelente trabalho desenvolvido, e eu me
perguntava se a grande imprensa mudou. Mas é óbvio que tinha e tem uma
estratégia montada de querer atingir o Governo da Presidente Dilma, até porque,
sendo ela a primeira mulher Presidente, vai com seus índices muito bem,
obrigado. E aí, Ver. Braz, não vou aqui responder ao senhor, que vem cobrar
moral. Nós estamos lançando a Campanha de Civilização no Trânsito. Eu não vi o
senhor vir a esta tribuna cobrar do seu grande líder Aécio Neves... (O Ver.
Luiz Braz, em Requerimento, solicitou a retirada de expressão do pronunciamento
do Ver. Engenheiro Comassetto, com a concordância deste.) ...estar dirigindo
embriagado e se recusou, em nome da transparência e da dignidade da sociedade,
a fazer o teste do bafômetro. Portanto, no momento em que o senhor vier aqui à tribuna
fazer essa análise, eu faço um debate com o senhor. Até aí, ficaremos assim.
Zero a zero não; como dizia Djavan, o importante é ser um a um.
Diante disso, o que nós temos que analisar, Ver.
Cecchim, é qual é a influência que tem a política nacional sobre Porto Alegre.
E aí, Ver. João Antonio Dib, infelizmente, a Cidade está parada. A Cidade está
parada! Eu acabei de vir de uma audiência com o nosso Secretário do
Planejamento. Nenhum técnico está trabalhando, não sai uma declaração
municipal, não sai nenhum projeto aprovado. Portanto, a Cidade está paralisada,
e isso é um tema emergencial. Para isso, tem que ter diálogo, tem que ter
proposta, tem que ter proposição. Um Governo que se propõe a dar aumento para
uma categoria em detrimento da outra já sabe que essa política não é uma boa
política. A nossa Bancada sempre defendeu aqui nesta Casa que deveríamos ter um
plano de carreira para todos os funcionários. Sabemos que isso é herança do
Prefeito Fogaça, que deixou essa política implementada na cidade de Porto
Alegre. Agora, quais são os resultados dela para a Cidade? São nefastos, porque
a Cidade paralisa. Ao mesmo tempo, quero dizer, Ver. Cecchim, que o Governo
Federal está aplicando mal o dinheiro, tem dinheiro depositado já faz dois anos
para construir as Unidades de Pronto Atendimento de Porto Alegre, quatro UPAs.
Por que não são construídas? Por que não saem? Bom, é uma questão de gestão, e
nós queremos que esta gestão seja qualificada.
Reafirmar a política brasileira é reafirmar o que
está verdadeiramente acontecendo neste País. O Brasil, nos últimos 50 anos,
apresentou os melhores índices em relação à pobreza. Queiramos ou não, vejam:
de dezembro de 2002 - ano em que o Presidente Lula assumiu - até dezembro de
2010, período em que o Lula esteve à frente da Presidência da República,
diminuiu, caiu em 50,6% a pobreza neste País. Mas aqueles que sempre
concentraram a riqueza não admitem que está havendo uma distribuição da riqueza
e que o povo está sendo inserido no mercado de trabalho. É esta a realidade, e
é isso que nós temos que tratar aqui. Qual é a incidência dessa política sobre
Porto Alegre? Vereadores, Porto Alegre estará recebendo três bilhões de reais
do Governo Federal, coisa que nunca houve até então. É essa a análise que tem que se fazer, Ver. Pujol, é a análise do
Programa Minha Casa Minha Vida! Como nunca, estamos tendo casas populares!
Portanto, é essa a análise que temos que fazer a respeito de Porto Alegre. Um
grande abraço, boa política, e viva o Governo Dilma!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Srª
Presidente, apenas em nome da verdade, porque esta Casa não pode malformar a
opinião pública: o orador da tribuna comentou que o ex-Governador Aécio Neves
foi preso. Ele está mentindo, e a mentira é muito ruim para esta Casa, porque
eu acredito que isso faz com que a opinião pública fique distorcida. Então, eu
apenas quero corrigir isso no pronunciamento feito pelo Líder da Bancada do PT
na tribuna. Ele mentiu, e eu acho que tem que ser corrigido.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz
Braz requer a mudança de registro.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª
Presidente, eu não falei que o ex-Governador e hoje Senador Aécio Neves, que se
recusou a fazer o teste do bafômetro quando estava embriagado, foi preso. Eu
disse que ele não fez, não fez o teste!
(Manifestações no
Plenário.)
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Obrigado pela plateia! Então, eu quero que estas palavras que estou
dizendo agora sejam as que fiquem valendo no meu discurso. E faço um
Requerimento a Vossa Excelência: que todas as transcrições da imprensa sobre o
fato Aécio Neves sejam copiadas, para que fiquem registradas nos Anais desta
Casa.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registro,
neste momento, em função do adiantado da hora, representação externa desta Casa
pelo Ver. João Carlos Nedel, para uma audiência com o Prefeito.
A Verª Fernanda
Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª
Presidente, Verª Sofia; em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas, utilizo o
tempo de Liderança do nosso Partido, o PSOL, para falar da campanha justa e
necessária que os municipários, ou seja, os trabalhadores públicos municipais,
têm feito em Porto Alegre.
Desde abril, a categoria,
que presta todos os serviços básicos para a nossa população, começou a sua
campanha salarial e sindical, sobretudo baseada nas perdas, Ver. João Antonio
Dib, da categoria. É uma categoria que teve a bimestralidade retirada
informalmente no último Governo do PT e, formalmente, por lei, durante o
Governo Fogaça; uma categoria que soma 18% só em perdas salariais, são 18%
apenas para a reposição básica da inflação. Trata-se de uma categoria que está
na ponta de vários serviços essenciais da nossa população, que está nas
periferias da Cidade, nas escolas de Ensino Fundamental, vinculadas à SMED; que
está no DMAE, trabalhando em prol da qualidade da água dos nossos
porto-alegrenses; que está na SMOV, nas obras feitas pelo Município; que está
na FASC, na política de assistência social; que está na Saúde, nos hospitais e
nos postos de saúde; que está no DMLU e que está vendo a precarização do
serviço público, as perdas salariais, a ausência de uma política que fortaleça
o serviço público.
E o que o Governo tem feito é justamente a
precarização e a privatização dos serviços essenciais, como fez com o IMESF, a
gestão privada do Programa da Saúde da Família; como faz com as obras, como faz
com a compra de vagas em hospitais privados. Nós vimos, Ver. João Antonio Dib,
o caso da obra da rótula da Av. Nilo Peçanha. A Prefeitura queria terceirizar a
obra, mas o edital e a licitação foram fracassados. Porque não houve pessoas,
empresas interessadas, a obra teve que ser feita pelos trabalhadores públicos
municipais. E o que vimos? Uma obra mais barata, uma obra mais rápida, mais
econômica e com melhor qualidade, porque nada substitui o serviço público. A
privatização, via de regra, tem aberto a porta para a corrupção, para o
desmonte das carreiras, para o desrespeito aos trabalhadores públicos
municipais.
Apesar de em abril - abril, Verª Maria Celeste, que
estava pela manhã lá na mobilização - os municipários terem apresentado sua
pauta de reivindicações, até agora a Prefeitura Municipal não apresentou uma
proposta de reposição de perdas e de aumento real para a categoria, de um plano
de carreira que consiga dar conta das demandas históricas dos trabalhadores do
Município, ou até mesmo de uma política concreta para a reposição do serviço
público municipal. Ao contrário, no período, dobrou o número de Cargos em
Comissão, que passou de 267 para mais de 500, Ver. Todeschini! Dobrou o número
de estagiários na Prefeitura, porque não se abre concurso público para
valorizar o trabalhador e valorizar o serviço público. São mais de três mil
estagiários, Ver. João Antonio Dib, entre a Administração Centralizada e
Descentralizada. Eu defendo a primeira oportunidade para o jovem, é lógico,
desde que não seja substituição de mão
de obra e uma forma de burlar os direitos trabalhistas dessa juventude que está
trabalhando nos próprios públicos municipais. Na PROCEMPA, de 11, passaram para
52 CCs, Ver. Carlos Todeschini, como V. Exª falou, na semana passada, um cabide
de empregos! Vários que foram denunciados por corrupção estiveram envolvidos
com Cargos em Comissão lá na PROCEMPA, como Vossa Excelência disse desta
tribuna na semana passada, eu prestei atenção no seu pronunciamento.
Então, eu venho trazer a nossa participação no ato
dos municipários hoje, o nosso apoio e a nossa solidariedade incondicional aos
trabalhadores públicos municipais. Não pode uma Prefeitura pagar menos do que
um salário mínimo para os trabalhadores do Padrão 2, os operários da nossa
Prefeitura; não pode a Guarda Municipal, que está na periferia da nossa Cidade,
convivendo com situações de violência diariamente, não ter, não ganhar risco de
vida pelo que passa no seu trabalho. Viva a luta dos municipários, para que a
gente, de fato...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h04min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 022/11 – (Proc. nº 1387/11 –Ver. Toni Proença) – requer seja o
período de Comunicações do dia 24 de novembro destinado a assinalar o
transcurso dos 50 anos do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE).
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento nº 022/11, de autoria do
Ver. Toni Proença, que solicita seja o período de Comunicações do dia 24 de
novembro destinado a assinalar o transcurso dos 50 anos do Departamento
Municipal de Água e Esgotos, o DMAE. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com
a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 022/11.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; demais Vereadoras e Vereadores,
nosso boa-tarde; nosso abraço também aos que nos assistem pela TVCâmara, aos
que nos ouvem pela Rádio Web e aqueles que nos acompanham nas galerias. Quero cumprimentar o Ver. Toni Proença pela proposição, porque o DMAE é
uma instituição importante, republicana que pertence à cidade de Porto Alegre.
Foi uma conquista da evolução dos tempos: antes um serviço privado, num
longínquo passado, mesclado com o serviço público, depois houve a fundação do
serviço público de água e esgotos de Porto Alegre, o antigo SAE. Em 1961 houve,
então, a criação do DMAE como autarquia pública, por exigência do BID, quando
foi concedido o financiamento que o senhor deve ter acompanhado muito de perto,
ainda não no DMAE, da estação de tratamento de água Menino Deus, a hidráulica
do Menino Deus. Foi nesse momento em que DMAE evoluiu para autarquia, e foi uma
feliz escolha, porque as autarquias têm representado um grau de organização e de
resultados maiores do que as empresas públicas ou do que outras formas de
operação dos sistemas.
Isso tem que ser
saudado; sobretudo tem que ser saudado o desenvolvimento ao longo dos tempos. O
Ver. Dib foi Diretor, foi Presidente, foi um agente importante da história do
DMAE. O avô da Verª Fernanda foi um técnico de renome, engenheiro do DMAE. E
nós devemos, Ver. João Dib, com toda a sua experiência, preservar, para que
essa conquista não seja perdida. Nós temos, pelo DMAE, o maior carinho, não só
porque passamos por lá, mas pelo que ele significa para o saneamento, pelo
pioneirismo. Foi o DMAE que fez a fluoretação da água por maior tempo no
Brasil, de forma continuada; foi no DMAE, parece-me que foi na sua gestão
também, Ver. João Dib, que foi normatizada a limpeza das caixas d’água. Em
muitas coisas o DMAE é pioneiro: no laboratório, no desvendar o mistério em
Hermenegildo e tantas outras coisas.
Agora, é importante
que isso, que essa estrutura, essa cultura, e a valorização dos técnicos sem
discriminação possam ter continuidade, porque essa é uma instituição de todos. Nós não
podemos permitir que se criem nichos de privilégios, como alguns querem. Isso é
equivocado! O correto é apoiar, discutir e referenciar os bons serviços, e
aquilo que se fez ao longo dos anos no DMAE, que é tratar aquela Instituição
como uma autarquia; como um serviço público de alta qualidade, preservando os
padrões técnicos de equilíbrio e de justiça, que sempre fizeram parte daquela
Empresa, com os seus bons funcionários.
Estou fazendo esta manifestação, porque algumas
coisas que temos visto são preocupantes. E eu sei que elas não têm o agrado nem
do Prefeito, nem da Secretária de Administração, nem da maioria dos servidores,
que é o tal projeto que está aí para propor a transformação do DMAE num plano
de cargos e salários, etc., que, no meu entendimento, não ajudará; ao
contrário, trará prejuízo. Inclusive a nossa Bancada convidará a Secretária da
Administração para que venha debater, porque nós estamos preocupados com isso e
queremos debater muito de perto, Ver. Pujol. O DMAE tem que ser conservado,
preservado e fortalecido na sua forma originária, para que possa, cada vez
mais, prestar os melhores serviços para a comunidade de Porto Alegre. Muito
obrigado pela atenção dos senhores e das senhoras.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
022/11.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, quero cumprimentar o Ver.
Toni Proença pela sua iniciativa de homenagear os 50 anos do DMAE. Eu vi nascer
o DMAE! E aí me faz lembrar do extraordinário Prefeito que tomou essa
iniciativa, que foi o José Loureiro da Silva, que eu não canso de elogiar.
Eu tive a oportunidade de ser Diretor do DMAE por
duas vezes. Algumas coisas que eu fiz lá continuam sendo feitas. Mas realmente
havia necessidade de ser uma autarquia, para receber U$ 3.200 milhões de financiamento.
Naquele tempo o dólar valia alguma coisa, agora o Governo brasileiro está
permitindo a supervalorização do real, em detrimento do dólar, e, com o dólar sendo desvalorizado, nós ficamos preocupados vendo a
nossa indústria não conseguindo exportar em razão das coisas que faz o Governo
Federal através do Banco Central e do Ministério da Fazenda também.
Eu queria dizer que é
justa a homenagem pelos 50 anos do DMAE. E eu tive a oportunidade de terminar
de pagar os U$ 3.200 milhões, propostos em financiamento em 1961. E esta
homenagem será justa se lembrarmos que o primeiro Diretor foi o meu professor,
o Eduardo Martins Gonçalves Neto, professor de Estradas de Rodagem, na Escola
de Engenharia, um grande Diretor. Depois dele, outros bons Diretores também passaram
pelo DMAE, como José Joaquim Assunção Neto. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni
Proença está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 022/11,
por transposição de tempo com o Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. TONI PROENÇA: Obrigado, Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; obrigado, Ver. Reginaldo Pujol, que gentilmente
me permite vir a esta tribuna antes da sua manifestação.
Falar do DMAE diante
do Ver. João Antonio Dib e do Ver. Carlos Todeschini, que me antecederam nesta
tribuna nas suas manifestações, seria bem difícil não fosse pelo que é o DMAE.
O DMAE, na verdade, é responsável pelo melhor e maior bem público da cidadania
de Porto Alegre, que é a água. O DMAE - que é uma referência para todo o Brasil
como empresa de saneamento, não só de tratamento de água, como de esgoto - está
prestes a tratar, inaugurada a obra do Socioambiental, 77% do esgoto cloacal de
Porto Alegre. É uma instituição de 50 anos, exemplar para todo o Brasil, com
prêmios inclusive no Exterior.
Eu fui procurado
pelos funcionários do DMAE, lembrando dessa data lá em novembro, e, ainda hoje,
na Reunião de Mesa, fui alertado por alguns Vereadores que era muito cedo para
fazer este Requerimento, mas aí me lembrei do que tenho defendido em todas as
oportunidades: o planejamento. Ainda neste fim de semana, eu vi um
longo documentário que fazia uma crítica às aglomerações urbanas no Brasil, que
carecem de planejamento. O Ver. Dib vai me entender, ele sabe bem o que é, porque
ele defende muito isto, e o Ver. Sebastião Melo, quando era Presidente da
Câmara, chegou a executar o seminário “Porto Alegre, uma visão de futuro”. Já
numa outra linha ideológica, o Ver. Dr. Raul e o Ver. Dr. Thiago exigem o
planejamento familiar. Acho que o planejamento é tudo, principalmente quando se
trata de gestão governamental. O DMAE é um exemplo de gestão governamental, é
um exemplo de como o Estado não deve abrir mão das suas atribuições principais:
saneamento e fornecimento de água para toda a população. Por isso, com tanta
antecedência, propus este Requerimento, para que a gente, em novembro, comemore
os 50 anos do DMAE do jeito que ele merece, do jeito que os servidores do DMAE
merecem, os atuais e todos os que por lá passaram. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
022/11.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, o
Ver. Toni Proença, a quem cumprimento pela iniciativa de homenagear o DMAE no
seu cinquentenário, falou que ele não se sentia muito autorizado a falar a
respeito do DMAE na presença do Ver. Dib, ex-Diretor-Geral do Departamento, e
do Ver. Todeschini, que também ocupou as funções de dirigente daquela autarquia
municipal. Com a mesma tranquilidade que aplaudo a iniciativa do Ver. Toni
Proença, quero dizer que discordo da sua colocação, acho que eu, V. Exª e os
demais Vereadores temos toda a autoridade para falar no DMAE, porque somos
a razão de ser do DMAE: somos seus consumidores, aqueles que contribuem para a
manutenção de um serviço exemplar, que não o seria, não fosse a circunstância
que o monopólio aqui exercido nos determina como seus contribuintes não
voluntários, porém satisfeitos.
É verdade que algumas restrições se têm sobre a
atenção do DMAE, até porque, tradicionalmente, vemos o DMAE como o órgão que
distribui água potável, quando ele é o Departamento
Municipal de Água e Esgotos, situação que agora aflora com mais
intensidade numa decisão do Governo Municipal - a partir da Administração
Fogaça -, de levar adiante esses planos ousados, dotando a cidade de Porto
Alegre com uma rede de esgoto triplicada, que atenderá quase 75% da população.
Por isso, o cinquentenário do DMAE não
poderia ocorrer em momento mais feliz do que está acontecendo. A Cidade toda
observa as tubulações imensas que são colocadas, inclusive de forma
subaquática, para que tenhamos um modelar sistema de coleta e tratamento de
esgoto cloacal na cidade de Porto Alegre. Porto Alegre possui, pela suas
características, uma situação muito peculiar, a facultar uma boa coleta de
água, um bom tratamento da água e a sua distribuição. Hoje, inclusive, até se
questiona se o ponto de captação na Zona Norte de Porto Alegre não deveria se
estender por mais alguns metros e ser captado em uma área onde a poluição das
águas não é tão forte como naquele lugar onde é coletado. É uma proposta que o
Ver. Todeschini, um dia, inclusive, me disse que era da Sociedade de Engenharia.
E eu disse que pouco me importava a origem, pois me parecia uma proposta boa.
Eu quero fazer aqui, hoje, uma
confissão muito adequada a essa circunstância. Eu tenho dito que sou liberal,
tenho dito que o que existe de mais positivo no liberalismo é a ausência de
dogma. Então, nós já superamos, há muito tempo, essa história de que tudo tem
que ser público ou tudo tem que ser privado. Acredito que os órgãos
públicos, quando cumprem as suas atividades, com exação, com bons resultados,
devem prosseguir e continuar a merecer o nosso apoio. O DMAE é um desses casos,
e inúmeros Diretores por lá passaram, muitos dos quais já tiveram o seu nome
aqui lembrado, e eu poderia acrescentar outros tantos, mas não o faço por
economia de tempo, porque, certamente, quando em novembro as homenagens pelo
cinquentenário vierem a ser realizadas, Ver. Braz, aí, sim, poderemos lembrar
quantos contribuíram para que, objetivamente, o DMAE pudesse completar os seus
50 anos, merecendo, como efetivamente vai merecer, uma homenagem adequada da
Câmara Municipal. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 022/11.
Peço ao Ver. Mario
Manfro, por favor, que ocupe a presidência, pois o Requerimento é de minha
autoria.
(O Ver. Mario Manfro
assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver.
Mario Manfro, que está assumindo a presidência dos trabalhos no lugar do Ver.
Toni Proença; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Ver. Toni Proença foi quem propôs esta homenagem ao DMAE.
Eu sei que ele o faz em nome da grande maioria dos Vereadores de Porto Alegre,
pela Instituição importante que é o DMAE. E, aqui, nós temos dois ex-Diretores
do Departamento, o Ver. João Dib e o Ver. Todeschini. A Instituição está acima
de todos os Partidos que passaram pela Prefeitura. É a água nossa de cada dia
que chega às nossas torneiras, tratada, garantida, saudável, algo que nos
orgulha muito.
Mas o DMAE cuida
também do tratamento de esgoto. O Ver. Raul, da nossa Bancada, PMDB, esteve
junto com a comitiva de Vereadores visitando o Projeto Pisa, que é o Projeto
mais importante de todos os tempos da cidade de Porto Alegre e,
particularmente, do DMAE. Vamos tratar o esgoto, sairemos de 28% para 80%, ou mais, de
esgoto tratado na cidade de Porto Alegre, figuraremos entre as cidades com o
maior percentual de esgoto tratado do Brasil.
Então, esta homenagem, Ver. Toni Proença, só podia
sair de um Vereador que se preocupa com a Cidade e que quer homenagear todos
àqueles que fizerem o DMAE e que fazem o DMAE no dia a dia. Uma homenagem à
Instituição, aos funcionários, uma homenagem da Cidade, que tem o DMAE para
cuidar das suas águas, para cuidar da saúde das pessoas, para cuidar de grandes
projetos que beneficiam Porto Alegre, não se preocupando só com as obras que
aparecem; preocupa-se com a Saúde Pública, com a prevenção, com a saúde
daqueles que moram em locais com pouco tratamento ou nada de tratamento, cuida das
crianças preventivamente, Ver. Tarciso, para que elas se tornem adultos
saudáveis.
Eu estava reclamando do livro que o Ministério da
Educação, do Brasil, está espalhando, ensinando errado, e o DMAE está fazendo o
contrário em Porto Alegre: está fazendo projetos para prevenir doenças, para
termos cidadãos com saúde, com boa educação ambiental, preservando as nossas
águas e, principalmente, educando a Cidade, para que tenhamos novamente o nosso
rio - que os cientistas, os estudiosos chamam de lago Guaíba, mas que eu
continuo chamando de rio Guaíba. Este Projeto do DMAE, o Socioambiental, está
cuidando para que tenhamos novamente o rio Guaíba em condições de
balneabilidade, condições de vida para a fauna do rio e condições de saúde para
a população de Porto Alegre.
Ver. Toni Proença, parabéns pela propositura desta
homenagem, certamente todos os funcionários - os ex-funcionários e os atuais -,
as Direções que por lá passaram e aquela que lá está, na pessoa do Dr. Presser,
terão seu trabalho reconhecido. Somos inteiramente favoráveis à homenagem, nós
aplaudimos a sua iniciativa. Cumprimentos, vida longa ao DMAE!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 022/11.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente Mario Manfro, ilustres colegas
Vereadores, eu estou um pouco ofegante, porque fui até o Gabinete, Presidente,
no sentido de recuperar a reunião externa que tivemos há duas semanas, ao
visitarmos todo o Programa Socioambiental. Pelo menos para mim foi uma reunião
efetivamente importante, porque eu pude tomar ciência de todo o processo de
tratamento que está sendo realizado por essa valorosa turma que trabalha no
DMAE.
Inicialmente, nós visitamos a ETE da Ponta da
Cadeia, aqui na Rua Washington
Luiz, procurando observar todo o processo inicial desse tratamento de esgoto
cloacal em Porto Alegre. Depois, observamos, ao longo da Av. Beira Rio,
chegando ao Estaleiro Só, na Ponta do Melo, todo o investimento que está sendo
feito no sentido de fazer tubulações para que esse esgoto seja tratado ali,
logo em seguida, na Chaminé de Equilíbrio, que será um mirante no Cristal. E,
posteriormente, levada até a Serraria. A ETE da Serraria será uma estação
revolucionária, vai fazer com que 80% do esgoto da Cidade seja devolvido ao
rio, tratado. E, provavelmente, vai trazer balneabilidade - essa é expectativa
que se tem - para a região de Ipanema em diante. Hoje nós já temos balneabilidade no Lami e em Belém Novo, mas, a partir desse tratamento
em massa do esgoto cloacal, que deverá findar em 2012, teremos o tratamento em
todos esses locais.
Então, Ver. Toni
Proença, a sua referência é eivada de méritos. Hoje nós temos um percentual de
esgoto tratado e iremos pular para 80% ou mais do esgoto cloacal tratado em
Porto Alegre; certamente, isso vai adicionar qualidade de vida substancial à
nossa população. A questão vinculada às doenças infectoparasitárias, que vem do
esgoto, germes que basicamente nós encontramos no lixo e no não tratamento
desse esgoto, a partir daqui teremos em muito menor monta. O Pisa, que é um
grande investimento, como diz o Ver. Beto Moesch, provavelmente o maior
investimento que esta Cidade já fez no que se refere à saúde e, muito
provavelmente, ao meio ambiente, tem que aqui ser enaltecido. Estávamos eu, o
Dr. Raul e o Ver. Beto Moesch nessa visita e presenciamos todo esse processo.
Ao final, lá no ETE da Serraria, tivemos a oportunidade de ver - o Ver. Beto
Moesch destacou muito bem - que aquele sem número de hectares foram reduzidos a
cinco, seis, e com uma tecnologia muito superior a que inicialmente estava
sendo pensada, fazendo com que o esgoto, inclusive, pudesse ser tratado em mais
um estágio, diferentemente do seu projeto inicial. Então, certamente, nesse
tempo todo, se agregou tecnologia, conhecimento; e que bom que os profissionais
do DMAE puderam capitanear todo esse processo. É fundamental que, junto com
isso, possamos dar ajuda...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Não havendo
mais quem queira encaminhar, em votação o Requerimento nº 022/11, de autoria do
Ver. Toni Proença. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4500/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 043/10, de autoria do Ver. Idenir Cecchim,
que concede o Diploma Honra ao Mérito à Associação Educacional Santa Rita de
Cássia – Instituto Educacional Presidente Kennedy.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Adeli Sell: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 13-04-11.
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em discussão o PR nº 043/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O PLL nº 183/10, de autoria do Ver. Airto
Ferronato, por ser um Projeto que concede Título de Cidadão de Porto Alegre,
necessita de 2/3 de quórum para a sua aprovação, então fica transferido para
quarta-feira. (Pausa.)
O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para um Requerimento.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Sr. Presidente, em relação ao PLL nº 183/10,
possivelmente teremos a concordância do Ver. Airto Ferronato, que é autor deste
Projeto de Lei, já que nós não temos 24 Vereadores em plenário.
Também a Verª Maria Celeste solicitou a retirada de
priorização do PLL nº 204/09, de sua autoria, já que ela não está presente, foi
representar a Casa no Ministério Público. Então, requeiro o adiamento de
votação do PLL nº 204/09 para quarta-feira, quinta-feira, ou para a próxima
semana. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro – às 16h34min): Está encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2776/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 132/10, de autoria do
Ver. Sebastião Melo e outros, que
altera o inc. IV do art. 10, o inc. I do art. 25, o § 3º do art. 30, o caput
do art. 31, o art. 32, o caput e os §§ 1º e 2º do art. 33 e o caput
e seus incs. I, VI e IX do art. 36; inclui §§ 3º, I e II, 5º e 6º no art. 30,
art. 32-A, § 3º no art. 33 e §§ 1º e 2º no art. 36; e revoga o § 4º do art. 30,
o § 1º do art. 31, o art. 34 e o inc. XVIII do art. 51; todos na Lei nº 8.279,
de 20 de janeiro de 1999 – que disciplina o uso do Mobiliário Urbano e Veículos
Publicitários no Município e dá outras providências –, e alterações
posteriores, dispondo sobre definições e tipologia, autorizações e veículos em
edificações.
PROC.
Nº 1449/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 012/11, de autoria do Ver. Waldir Canal, que concede o Troféu Câmara Municipal de
Porto Alegre à Empresa Pública de Transporte e Circulação S/A – EPTC.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 3762/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 172/10, de autoria do
Ver. Alceu Brasinha, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao engenheiro Eduardo de Souza
Pinto.
PROC.
Nº 1349/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/11, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, que
concede ao senhor Paulo Rogério Silva dos Santos o título de Cidadão de Porto
Alegre.
PROC.
Nº 1416/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 040/11, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Carlos Manuel da Costa
Tomé.
PROC.
Nº 1472/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 044/11, de autoria do
Ver. Mario Fraga, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Claudio Damásio
Pacheco.
PROC.
Nº 1479/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 045/11, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, que
denomina Rua Professor Ascânio Ilo Frediani o logradouro público parcialmente
cadastrado conhecido como Beco Três – Avenida Edgar Pires de Castro –,
localizado no Bairro Restinga.
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI
SELL: Meu caro Presidente, Ver. Mario Manfro; em boa hora o nosso colega
Sebastião nos chama para um debate sobre o mobiliário urbano e veículos de
publicidade no Município. Eu, por várias e várias vezes, tenho vindo aqui
colocar a necessidade de discutirmos e modernizarmos a legislação - vou estudar
em detalhes a proposta do colega Sebastião -, e quero aproveitar este momento
para dizer que mesmo aquilo que nós já modernizamos a Prefeitura não
implementa. Ver. Luiz Braz, sobre o nosso Projeto, seu e meu - a lei municipal
que modernizou, que colocou na ordem do dia as bancas de chaveiros: nós já
fizemos reuniões, nós já discutimos, no entanto não há uma regulamentação
efetiva, parece-me que não há vontade política de colocar essa legislação em
execução. Portanto nós, que agora estamos discutindo inclusive modificação na
legislação do mobiliário e dos veículos de comunicação, temos que discutir
aquilo que já é lei municipal - há dificuldade também na mudança das bancas de
revistas. Já existe uma legislação modificando a lei anterior, também de
autoria do Braz e do Adeli.
E eu tenho cobrado sistematicamente aqui, Ver. João
Dib, do Governo Municipal, porque se criou uma comissão, mudou-se uma comissão,
já houve reunião conosco na CCJ, e nós não estamos tendo um retorno sobre a
licitação que urge ser feita na municipalidade acerca do mobiliário urbano.
Portanto, são essas questões que quero trazer aqui à discussão.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, inicia a tramitação em discussão preliminar de Pauta Projeto
de Lei que o Ver. Sebastião Melo entendeu de propor, dividindo a sua
responsabilidade com três outros Vereadores, entre os quais eu me incluo,
juntamente com o Ver. Luiz Braz e o Ver. Adeli Sell. É um Projeto importante,
porque é resultado de um intenso esforço desenvolvido por consultores nacionais
que buscaram exemplos em outras capitais do centro do País, com vista a impedir
a poluição visual. Ele se destina, fundamentalmente, à publicidade externa, à
mídia externa, e a Casa, quando o Ver. Sebastião era Presidente, a pedido do
Ver. Luiz Braz, realizou um grande seminário, discutiu amplamente esse assunto,
e agora o Projeto vem à votação. Proposto em 8 de julho de 2010, ficou sem
andar aqui na Casa e, agora, quase ao completar o seu primeiro aniversário, ele
chega neste momento de discussão preliminar de Pauta.
Na leitura da própria Exposição de Motivos, nós
vamos verificar, por exemplo (Lê.): “De outra forma, a alteração proposta no
art. 25 corrige o texto do seu inc. I, indicando que a competência pelo
fornecimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é do profissional
habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(CREA), e não da entidade que congrega os citados profissionais [como se
apresenta hoje na legislação em vigor]. As alterações propostas no art. 30, com
a sugestão de nova redação para seu § 3º e inclusão dos §§ 5º e 6º, têm por
objetivo definir os locais onde os veículos de divulgação poderão ser
colocados, bem como estabelecer suas dimensões máximas. A revogação do § 4º
desse artigo se dá em virtude das alterações já referidas. A nova redação do
art. 31, bem como a revogação de seu § 1º, estabelece definições relativas às
alturas máximas para a colocação de veículos de divulgação em fachadas ou em
marquises de edificações”.
Por final, os artigos 32, 33, 34, respectivamente,
tiveram a sua redação alterada com a retirada das expressões. No caso do art. 32 retiraram-se: “em hipótese alguma” e ainda “ou alterar
as linhas arquitetônicas das fachadas dos prédios”, em razão da inclusão de
autorização expressa estabelecida no art. 28-B, que permite que tais
procedimentos ocorram nessa circunstância. De outra banda, o art. 33 (Lê.):
“[...] com a alteração dos § 1º e do § 2º, objetiva adequar a lei às condições
estabelecidas em outras capitais do País. O art. 34 está sendo revogado em
virtude de que, assim como a divulgação do nome e de outros dados de
identificação do estabelecimento são importantes, os dados dos patrocinadores
também o são, portanto o espaço útil desses não deve sofrer quaisquer
restrições”.
Como se vê, são
medidas práticas que têm por objetivo ajustar a legislação à nossa realidade,
ao nosso cotidiano, e viabilizar que a mídia externa possa se adequar por
inteiro à modernidade, como já foi feito especialmente em São Paulo, onde uma
profunda e radical transformação ocorreu...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Ver. Mario Manfro,
Presidente dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, também vou me deter um pouco ao PLE nº
132/10, de autoria do Ver. Sebastião Melo e outros, que disciplina o uso do
mobiliário urbano e dos veículos publicitários no Município de Porto Alegre.
Fico bastante contente por este tema voltar novamente à Pauta.
Ouvi o Ver. Reginaldo
Pujol falando e lembro que este Vereador foi autor, em 2001, da lei que
alterou, na época, o mobiliário urbano. A nossa preocupação era exclusivamente
com as empenas cegas, que eram o fruto de incluir algo que não estava na nossa
legislação, mas também sou testemunha de que aquilo ficou mais de um ano
tramitando aqui na Casa, e com mais de 50 emendas, o que alterou, de forma
significativa, a Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999. Lembro que, naquela
época, o então Prefeito Tarso Genro estava muito preocupado e chegou inclusive
a vetar o Projeto, sendo que esta Casa, depois, derrubou o Veto. Na
oportunidade, vetou porque estava sendo tratada a licitação do mobiliário
urbano em Porto Alegre, e agora, coincidentemente, dez anos depois, Ver. Reginaldo
Pujol, o Prefeito José Fortunati também está tratando de tentar fazer uma
licitação do mobiliário urbano em Porto Alegre.
Mudam algumas coisas.
Na época, o Prefeito e hoje Governador Tarso Genro queria fazer uma licitação
global, e hoje o Prefeito Fortunati entende que deva ser fracionada por
segmentos, até para oportunizar que as empresas do Rio Grande do Sul possam
concorrer. Naquela época, da forma como estava sendo proposto, dificilmente uma
empresa do Rio Grande do Sul teria condições de concorrer, até porque um dos
predicados era que as empresas tivessem um suporte mínimo de cinco milhões de
dólares.
Este é um tema que
cada vez mais tem que ser debatido, porque hoje, por exemplo, há a questão dos outdoors. Em todo o Brasil, eles estão
sumindo; surgem os frontlight, com disciplina, e não com uma exposição
tão grande. Lembro de quando estive à frente da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, conversando com esse segmento. Eles também entendem que tem que haver
uma redução e também se comprometem a ajudar nessa redução, porque hoje nós
temos mais de três mil equipamentos na cidade de Porto Alegre. A grande maioria
ainda não foi consolidada, está numa situação ilegal, vamos dizer, apesar das
solicitações das empresas. Mas eu também acho que nós temos que aproveitar para
colocar hoje, pois existem outros tipos de peças do mobiliário urbano que
talvez pudéssemos contemplar.
E, para finalizar, eu
quero parabenizar o Ver. Alceu Brasinha pela concessão do Título ao Engenheiro
Eduardo de Souza Pinto, que conheci quando estava na Secretaria, é uma pessoa
de uma índole muito boa. Inclusive, lembro de um episódio - hoje podemos
contar: quando o Grêmio foi fazer a inauguração da Arena, o que foi acordado,
esqueceram de falar com a SMAM. Faltavam vinte dias, eu me dirigi ao Eduardo e
disse: “Eduardo, vamos combinar uma coisa: se até lá não tiveres a licença, tu
fazes o ato, mas não furas nada”. Felizmente, conseguiu-se a concessão da
licença dois dias antes, mas ele também disse: “Olha, mesmo com a questão do Grêmio,
eu jamais vou fazer alguma coisa que seja fora da lei ou...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Não havendo
mais nenhum Vereador inscrito, estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 16h48min.)
* * * * *